Problemas e Soluções
CHECK LIST - Principais Problemas e Possíveis Soluções
Testes no pó realizados nas instalações do cliente
Problemas na aplicação das tintas em pó
Baixa deposição da tinta
(Atração Eletrostática)
Baixa eficiência do gerador – Fonte de alta tensão do equipamento.
Desmonte a pistola, limpando todos os contatos de energia do cabo de alta tensão com a cascata e eletrodo.
Aterramento do sistema deficiente
Checar o aterramento da instalação completa, verificando se não houve rompimento do fio terra. Ganchos sujos, prejudicando a aterramento da peça ao sistema.
Limpar os pontos de contato entre peça e gancheira.
Pode utilizar um cabo aterrado como vareta para improvisar um aterramento para peças que não possuam contato algum.
Vazão de pó excessiva
Ajustar o equipamento
para vazões entre 120 à 150 g/min. Lembre-se que partículas de pó não
ionizadas não são atraídas para as peças.
Pistolas muito próximas as peças
Reposicione a pistola para uma distância aproximada de 15 cm.
Projeto irregular das gancheiras
Desenvolver gancheiras que facilitem o acesso do pó para as peças.
Velocidade do ar da exaustão da cabine muito alta.
Instalar silhuetas para distribuir melhor a ventilação.
Falta de Tintas nas Peças
Corrente de Ar na Cabine (Região de Pintura)
Enclausurar região de pintura de modo não permitir que correntes de ar interferiram na atração do pó.
Baixa vazão de pó.
Aumente a vazão de pó após limpar o sistema de alimentação de tinta (mangueira / bomba ejetora)
Tempo insuficiente para pintura.
Reduzir a velocidade do transportador.
Acrescentar mais pistolas.
Deposição fraca de tinta na peça.
Ver tópico acima.
Técnica de pintura irregular.
Estabelecer método de aplicação realizando estudo sobre a peça. Em
peças planas sobrepor as passadas e cruzar as demãos. Iniciar a pintura
nas partes mais críticas, cantos sob efeito de gaiola de faraday.
Falta de Tintas nas Peças
Tipo de peça não compatível com a instalação.
Maior cuidado no retoque manual.
Instalação de pistolas adicionais.
Peça com cantos (Gaiola de Faraday) e Repintura.
Diminuir a tensão e a vazão. No caso de repintura, repita o
procedimento e caso necessário, prepare a superfície com lixa nº 400,
limpeza com álcool e evitar contato manual.
Excesso de pó Espessuras Altas
Vazão Alta
Reduzir a vazão.
Pistolas muito próximas da peça.
Reposicione as pistolas.
Tempo excessivo de pintura
Aumente a velocidade do transportador.
Problema na pistola eletrostática
Baixa Tensão
Fuga de alta tensão
Fugas de alta tensão nas conexões do cabo com o multiplicador (cascata), resistência e eletrodo.
Desregulagem da placa osciladora
Potenciômetros desregulados.
Fonte de alta tensão (cascata) queimada(contatar fabricante)
Golfadas na Aplicação
Venturi (ejetor) gasto.
O pó por ser abrasivo, promove um desgaste do furo interno, aumento o seu diâmetro.
A perda da pressão interna faz com que o pó perca velocidade de
transporte, fazendo com que haja aglomerações de partículas no interior
da mangueiras e pistola.
Mangueiras Longas.
Otimizar ao máximo o comprimento da mangueira do pó. Mangueiras longas requerem maior pressão do pó para equalizar o fluxo.
Centelhas, Faíscas, Labareda de Fogo
Fuga de alta tensão
Cabo de alta tensão rompido;
Resistência da pistola está aberta.
Verificar eventuais fugas de alta tensão utilizando um fio condutivo
ligado ao aterramento do equipamento e passando-o por todo o comprimento
do cabo de alta tensão e pistola. A presença de um curto circuito
indica fuga de alta tensão.
Medir a resistência elétrica da pistola.
Testes na instalação de pintura
Limpeza
(Desengraxe)
Colocar uma peça sob uma torneira aberta.
Não deverá ocorrer filetes de água (Quebra d’água).
O molhamento deverá ser uniforme.
Limpar uma chapa manualmente utilizando somente um solvente e pintá-la.
Comparar os resultados entre o teste e o verificado na linha.
Umidade ou Óleo na linha de Ar Comprimido
Ative
o leito fluidizado e identifique no reservatório o nível obtido.
Mantenha o leito ativado durante 1 hora e em seguida observe novamente o
nível obtido.
O nível deverá ser o mesmo. Caso o nível de pó tenha abaixado, indica umidade na linha de ar comprimido.
Carga Eletrostática da Pistola de Aplicação.
Ajuste
a tensão da pistola para máxima tensão. Mantenha a vazão de pó fechada.
Segure uma folha de papel em frente ao bico da pistola e acione o
gatilho.
O papel deverá ser repelido pelo campo eletrostático caso a pistola esteja OK.
Pinte um painel e em seguida bata-o levemente contra a parede da cabine de aplicação.
Considera-se satisfatório se apenas uma pequena quantidade de pó se desprender do painel.
Vazão da Pistola
Com a tensão zerada, pulverize com a máxima vazão em um aspirador portátil. Pese a quantidade de pó após 1 minuto.
A quantidade de pó encontrada deverá ser a mesma especificada do manual do fabricante. (g/min. - Kg/hr)
Velocidade do ar nas silhuetas da cabine e estufa.
Solte pequenos pedaços de papel no fluxo de ar.
O fluxo de ar deverá ser uniforme sem zonas "mortas". A exaustão da
cabine não deve interferir no envolvimento eletrostático da tinta
durante a aplicação.
Estufa de cura em operação adequada
Coloque
painéis pintados em diferentes regiões da estufa. (Estacionária: Cantos,
Meio, Pontos superiores e inferior - Contínua: Ponto superior, meio e
inferior) verifique a cor e o brilho dos painéis após a cura.
A cor e o brilho deverá ter a mesma correspondência nos diferentes painéis.
Execute os testes de grade (aderência), dobramento (flexibilidade) e MEK (cura).
Os painéis deverão ser aprovados em todos os testes.
O nível mais baixo indica menor fluidez.
Fluidização
Realize um teste comparativo com
vários tipos de pó, aplicando os mesmos parâmetros de pressão do ar e
quantidade depositada no recipiente. Com o leito ativado, identifique o
nível atingido pelo pó.
Não deverá apresentar empedramento e/ou grumos. Pequenos caroços poderão ser encontrados, porém, facilmente dissolvidos.
Umidade do Pó
Apanhe com a mão, uma determinada quantidade de tinta e comprima-a fechando a mão. Em seguida solte-a .
Eventuais pontos incorporados no filme são mais visíveis em camadas baixas.
Pontos
Aplicar a tinta em pó em uma camada regular de 40 à 50 micrometros.
Se houver contaminação de qualquer origem, a mesma deverá aparecer no painel.
Contaminação
Mergulhe e retire um painel pré-aquecido à 200 ºC em uma caixa de tinta virgem e o examine.
A presença de contaminantes no filme e/ou substrato indicam pré tratamento da superfície imperfeitos.
Examine as costas do filme extraído e o substrato onde foi aplicado.
Se o filme quebrar em dois, indica fragilidade em virtude de cura insuficiente.
Adesão
Retire uma lâmina do filme da tinta e dobre.
A quantidade de pó depositada, aspecto indicará o poder de condutibilidade da tinta.
Carga Massa
Compare com
outros pós durante a aplicação, utilizando a mesma pistola, vazão,
transporte, distância, tipo de bico, ganchos limpos e dimensão do
painel.
Defeitos na pintura - Filme Curado
Cores fora de Tonalidade
Variação de camada (Baixa camada / Excesso de camada)
Estabilizar camada de tinta aplicada conforme especificação do fabricante contida no Boletim Técnico.
Cura insuficiente ou sobre cura.
Verificar cura do filme através de curva de tempo / temperatura extraída através de termógrafo.
Alta velocidade da exaustão do pó na cabine de aplicação e/ou correntes de ar na linha de pintura.
Instalar difusores para distribuição na cabine, enclausurar linha de pintura.
Excesso de temperatura
Verificar pirômetros conferindo o posicionamentos dos termopares e confiabilidade da leitura.
Deficiência na distribuição do calor na estufa.
Exposição direta da chama do queimador.
Baixo Brilho
Temperatura excessiva da estufa
Termografar estufa para verificação de picos de temperatura;
Reduzir o tempo de cura.
Contaminação com outros pós de diferentes fabricantes
Limpar o sistema e aplicar pó virgem.
Reação com gases no interior da estufa
Eliminar fontes de contaminação de gases.
Ver projeto da estufa;
Consultar fabricante do gás
Umidade na linha de ar.
Verificar filtros e secador de ar.
Baixa resistência mecânica
Filme não curado.
Verificar cura do filme através de curva de tempo / temperatura extraída através de termógrafo.
Falha no pré tratamento.
Verificar banhos (compare com chapa nua)
Camada alta de tinta aplicada.
Estabilizar camada de tinta aplicada conforme especificação do fabricante contida no Boletim Técnico.
Alta camada de fosfato.
Corrigir banhos de preparação da superfície.
Tintas Foscas com alto brilho
Insuficiência da cura
Checar tempo e temperatura de cura tinta junto ao fabricante.
Micro furos e Crateras
Falha no pré-tratamento.
Corrigir os banhos (compare com chapas nuas).
Contaminação com outros pós.
Limpar o sistema e usar pó virgem.
Contaminantes no ambiente, como silicone.
Remover a origem da contaminação.
Óleo ou água na linha de ar comprimido.
Checar os filtros.
Substrato poroso.
Substituir o substrato ou aplicar massa plástica.
Peça confeccionada através de processo de fundição. (alumínio, ferro fundido).
Degaseificar peças por pré-aquecimento.
Presença de silicones na composição do óleo lubrificante do transportador aéreo.
Óleo lubrificante não suporta alta temperatura.
Consultar fabricante do óleo
Pontos na peça pintada
Contaminantes em suspensão.
Limpar a área de trabalho. Isolar instalação de pintura de áreas que possam gerar contaminantes.
Pó recuperado não peneirado.
Peneirar o pó recuperado do filtro e cabine.
Sujeira na instalação (reservatório, bomba)
Limpar equipamento e componentes.
Verificar no fundo do reservatório possíveis contaminantes. Distanciar 5 cm o tubo pescador do fundo do leito.
Sujeira no substrato (grafite, borras de fosfato)
Limpar peças com ar comprimido antes de pintá-las.
Transportador, Carrinho, Estufa sujos. (Acumulo de tinta, casca)
Estabelecer limpeza periódica.
Estabelecer limpeza periódica.
Utilizar para a limpeza das peças, panos que não soltem fiapos.
Alastramento deficiente
Camada excessiva de tinta.
Estabilizar camada aplicada conforme especificado pelo fabricante.
Excesso de ar auxiliar na pistola de aplicação.
Ajustar o ar auxiliar de modo não se observar a tinta sendo soprada (forçada) para a peça. Deve-se notar a nuvem de pó circulando livremente.
Baixa fluidização do pó no reservatório.
Verificar fluidização do pó no reservatório. O mesmo deve fluir livremente no tanque sem haver acúmulos e ou compactação da tinta.
Pistola muito próxima da peça.
Reposicione a pistola de modo a encontrar uma distância onde haja um melhor envolvimento.
Tensão de aplicação baixa ou alta para a finalidade.
Ajustar tensão de modo a se obter um melhor envolvimento eletrostático.
Tempo de aquecimento do metal muito longo. Exposição excessiva à baixas temperaturas.
Avaliar projeto de distribuição de calor da estufa.
Pó Repelido da Peça
Tensão ou corrente de saída excessiva.
Fazer medição do equipamento.
Pistolas muito próximas.
Reposicionar a pistola
Repintura
Reduzir a tensão de aplicação;
Aumentar a vazão de pó;
Pré aquecer o substrato.
São Paulo, SP, Brasil
William Neves,
Pós Graduação em Engenharia de Produção, formação em Marketing e
tecnologia em mecânica e profissionalizante em Eletrônica. Atuo há 14
anos com Tintas em Pó na Área de Engenharia de Aplicações e recentemente
na área comercial.